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quarta-feira, 8 de junho de 2011

um papo sobre "A Utopia" , de Tomás Morus, por Marina Meirelles

No meu ofício de professor tenho muitas surpresas agradáveis. Uma delas divido com vocês agora.

Este é um trecho de trabalho sobre autores renascentistas da minha aluna (e futura escritora) Marina Meirelles, publicado aqui com a autorização dela, claro.

Este texto se encaixa bem na proposta desse blog: um diálogo de amigos sobre coisas úteis.

Segue:

A palavra "utopia" tem um significado conhecido - e até um tanto gasto - nos dias de hoje, e teve muita importância na época em que viveu o grande autor Thomas Morus. Seu livro, a Utopia, foi, e ainda é, uma grande obra do século XVI.


A história se passa numa ilha imaginária onde todos vivem em harmonia e trabalham em favor do bem comum. Desde então o termo “utopia” está associado à fantasia, sonho, fortuna e bem estar, que são aspectos formadores do ambiente onde se desenvolveu a sociedade utopiana, no país chamado Utopia ou Ilha da Utopia que era dominada pelo rei Utopus.


O autor Thomas Morus viveu em meio a uma sociedade medieval e feudal. Não se pensava o mundo como hoje, mesmo porque não havia existência de muitas ciências importantes, como a Sociologia, por exemplo. O livro contesta a situação desigual entre as classes sociais, e promove a ideia de um mundo onde prevalecem os direitos iguais; não um lugar onde as pessoas vivam às custas de algum superior, mas onde todos trabalhem igualmente para então conseguirem seus benefícios.


Já pensei bastante sobre a ideia de um “mundo igualitário”, com a qual todos sonhamos. Afinal, sabemos que estamos longe da perfeição, e que é ela o objetivo de tantas campanhas de “salve o planeta”, de “bondade vence maldade”. É essa a questão: e se conseguíssemos? E se atingíssemos o nível máximo na “escala evolutiva” da perfeição humana? Será que isso de fato é possível? Penso que não. Não existe paz sem guerra, nem bem sem mal, nem pessoas iguais umas às outras. É própria do ser humano a capacidade (e, muitas vezes, necessidade) de discordar. Morus idealizou um mundo onde a compreensão e a aceitação chegaram ao seu ponto máximo. Resta-nos observar a passagem do tempo com atenção e vermos se regredimos ou progredimos e, no último caso, se conseguimos alcançar essa tão sonhada utopia.

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